Perdão a todas e a todos pela despercebida ausência. Estava a cuidar de conflitos ocupacionais. Porém, aqui estou para compartilhar memórias com vocês. E haja memórias, Queridos. “Eterno Carnaval”!
Vamos ao assunto. Com a descoberta que meu Lindo Esqueite Flash não passada de um projeto de Esqueite, foi um pouco traumático encarar a realidade. Até mesmo por que a parada era sentida constantemente a cada vez que eu ia andar. Pois bem, Amiguinhos, vamos analisar em minúcias a minha situação, e peço a vocês que se ponham em meu lugar para sentir o drama deste ser que lhes escreve. Merece aqui uma atenção despecial (não liguem, isso é neologismo barato) o prejuízo seguido de constrangimento causado pelas terríveis rodas de plástico. Só têm noção do trauma quem fez uso das bichinhas, Rapaz. As minhas eram de cor rosa que se desgastavam com relativa facilidade. No chão de piche elas funcionavam menos mal, entretanto, Filhinhos, no chão dos Correios, que era tipo tabuleiro de dama todos de quadradinhos vermelhos, pareciam o sabão JB Jabacó. Aderência mínima, tai a alcunha que elas receberam: “Roda Sabão”. E ter que presenciar enormes e estridentes “slides” (pra mim, na época, a manobra não passava de “rabo de a-raia” no Esqueite) onde as rodas pareciam sair fogo, era uma grande falta. Meu Irmão, eu ficava a fim de executar, mas como com rodas de plástico? Mesmo assim eu tentava dá o “slide” e até acontecia, agora sem som de rodas e com ida involuntariamente ao chão. Fazer o quê se era a parte do latifúndio que me cabia? Vale a pena externar que o “Slide” era manobra por demais apreciada nos Correios. Vir do início da ponte Duarte Coelho “vedando” violentamente até próximo dos últimos “catombos” (espécie de decoração e acento natural da rua do Sol) e sair por três a quatro metros com as rodas atritando com o chão provocando um “barulhinho bom”, era prática comum.
Amados Leitores, não menos traumáticos que as “Rodas Sabão” era uma pecinha (Rara) de nome “BILHA”, funcionava, assim, como rolamento. Nem vou dá muito moral a ela para que eu não chore. Essa desgraça era extremamente quebrável e parecia ter um pacto de super Bond com o chão, ou seja, colava nele que era uma beleza. Sair do lugar? Só com um esforço triste, Meu Filho, ou com reboque! Eita, Patrício, para os trucks apenas uma bússola daria jeito. Era um pendendo para o norte e o outro para o “extremo sul da zona sul”.
Agora o shape... era só a misericórdia na causa. As folhas de madeira descolaram na limpeza. Perdeu a densidade da tábua e nem trincou, partiu logo. Pasmem, Gente Querida, até o som do meu Esqueite Flash era derrubado, parecia um tarô misturado com britadeira. Já os dos caras ao lado, Vigi Maria, até a batida do ollie o som se aproximava de uma nota musical pra mim. Pois bem Amados, o penar foi grande. Entretanto, segundo o poeta “tudo vale a pena se a session não é pequena”. Saibam vocês que pra chegar no estado que o Esqueite se encontra hoje... houve muito sacrifício na parada. Aproveite que “os Correios” agradece. E no mais, é isso. Até mais.
Muito bom....Rir absurdos, coisa que não deveria ter feito, tendo em vista, que rir da desgraça dos outros é uma coisa muito feia, além disso, foi um martírio para nosso colega Alberlando andar de skate ao lado de outros, com condição financeira melhorzinha do que a dele, Eu deveria estar triste com a "estoria" de Lau, mas sei que o intuito dele aqui nesse espaço não é esse, então vou continuar rindo e vou parafraseando os Manos Racionais...FAZER O QUE?...SE SKATE É PRA HOMEM!
ResponderExcluirASS: Henrique HC
Muito bom o texto, recorda realmente uma época vivida e relata com todos os adjetivos. Skate sempre...
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